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O novo terminal marítimo de passageiros do porto da Horta, inaugurado este sábado pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, representou um investimento global da ordem dos 47 milhões de euros.
Segundo referiu à agência Lusa Fernando Nascimento, presidente da sociedade anónima "Portos do Açores", que gere as infraestruturas portuárias da região, o novo terminal oferece "condições excecionais" para acolher passageiros.
A obra agora inaugurada compreendeu a construção de um novo molhe com 393 metros de comprimento, do cais aderente para ferries (Atlanticoline) e cruzeiros com 270 metros de comprimento e de uma ponte-cais com 80 metros de comprimento, com duas rampas RO-RO aderentes para operação dos navios da Transmaçor.
Carlos César referiu que no caso do turismo de cruzeiros, a evolução também tem sido muito positiva e associada às capacidades que o Governo Regional tem transmitido ao acolhimento especializado nos nossos portos, como é o caso do Faial com a construção deste novo cais. De um volume de atividade perfeitamente residual nos anos noventa, passaram a escalar anualmente os portos dos Açores uma centena de navios de cruzeiros, com cerca de 100 mil turistas a tomarem contato com as nossas ilhas e o arquipélago passou a ser reconhecido internacionalmente como um local qualificado de escala.
Apesar da dimensão da obra, o novo cais tem sido alvo de algumas críticas, por alegadamente não permitir a operação com os grandes navios de cruzeiro que fazem escala na ilha, devido ao calado (-6 metros).
Fernando Nascimento garante, no entanto, que a empreitada de dragagem interior do novo cais (que está a aguardar visto do Tribunal de Contas), vai permitir chegar aos - 8,5 metros. Segundo explicou, com essa profundidade, "todos os navios de turistas que já fizeram escala no porto da Horta, nos últimos três anos, vão poder atracar no novo cais de passageiros".
O Azores Cruise Club discorda desta última declaração, se atentarmos a navios como o Oriana (com 260 metros de comprimentos) e o Nieuw Amsterdam (com 290 metros de comprimento) que não terão condições de manobra, nem comprimento de cais disponível na nova zona portuária da Horta. Estes navios deverão, infelizmente, continuar a fundear fora do porto. Em princípio (e após dragagem da nova área até à quota de -8,5 metros) todos os navios de cruzeiro que atracam actualmente no molhe comercial poderão fazê-lo no novo cais.
Para além da dragagem das bacias de manobra e estacionamento das embarcações, este conjunto de empreitadas incluiu também a construção de um terrapleno com cerca de 20.000 metros quadrados, de um esporão de guiamento e proteção da foz da ribeira da Conceição com 130 metros de comprimento e de uma gare marítima de passageiros.
Nesta fase, foi igualmente executado o arranjo do espaço público envolvente, incluindo uma nova rotunda, acessos rodoviários ao terrapleno, parques de estacionamento, pavimentações e áreas ajardinadas, bem como novas redes de iluminação pública, abastecimento de água, drenagem de águas pluviais e residuais, telefones e combustíveis.
Com um prazo de execução de 36 meses, esta obra, da responsabilidade da Portos dos Açores, SA, foi executada por um consórcio constituído pelas empresas Somague Engenharia SA, Somague-Ediçor Engenharia SA, Tecnovia Açores - Sociedade de Empreitadas SA, Conduril - Construtora Duriense SA, e Afavias – Engenharia e Construções – Açores SA.
A primeira pedra desta empreitada, que constitui uma das obras mais marcantes realizadas no porto da Horta, foi lançada a 30 de Março de 2009.
As “obras relevantes na história do porto da Horta”, conforme regista uma placa evocativa hoje descerrada no novo terminal marítimo de passageiros, foram a construção do Cais (Velho) de Santa Cruz, em 1876, o início da construção da Doca da Horta, em 1876, a reparação de grande rombo na Doca da Horta, em 1948, a construção da Avenida Marginal, em 1956-61, a construção da Marina da Horta (Norte), em 1982-86, o reforço do Molhe e construção do Parque de Contentores, em 1992-2000, a ampliação da Marina da Horta (Sul), em 2000-2002, e a construção do Terminal Marítimo de Passageiros, em 2009-2012.
As “obras relevantes na história do porto da Horta”, conforme regista uma placa evocativa hoje descerrada no novo terminal marítimo de passageiros, foram a construção do Cais (Velho) de Santa Cruz, em 1876, o início da construção da Doca da Horta, em 1876, a reparação de grande rombo na Doca da Horta, em 1948, a construção da Avenida Marginal, em 1956-61, a construção da Marina da Horta (Norte), em 1982-86, o reforço do Molhe e construção do Parque de Contentores, em 1992-2000, a ampliação da Marina da Horta (Sul), em 2000-2002, e a construção do Terminal Marítimo de Passageiros, em 2009-2012.
Fonte: RTP Açores - 2012/07/28
1ª Fase de Requalificação do Porto da Horta (Junho 2010)