O
mês de Maio de 2019 ficará gravado em letras douradas na já longa
história do turismo de cruzeiros nos Açores, pois permitiram para
além dos excelentes números de escalas a obtenção de um novo
recorde
de visitantes num mesmo dia.
Essa
situação verificou-se no passado dia 4 do corrente quando Ponta
Delgada recebeu a escala simultânea de quatro navios de cruzeiros,
que globalmente trouxeram até à ilha de São Miguel 10.316
passageiros e 4.589 tripulantes, num dia marcado ainda por outros
dois
interessantes acontecimentos.
Foi
a primeira vez em Portugal e mesmo na Europa que estiveram juntos no
mesmo porto três navios da conceituada operadora norte-americana
Norwegian Cruise Line.
Em
segundo lugar foi quebrado o recorde de 2015 quando o Quantum of the
Seas trouxe ao terminal de cruzeiros das Portas do Mar 5.580
visitantes, pois neste dia o Norwegian Epic tinha a bordo nesta
sua escala 5.702
visitantes.
No prosseguimento da passagem de navios de cruzeiros no arquipélago teremos até
ao final do corrente mês nos três principais portos da
região dez escalas com um previsão global de 12.000 passageiros e
6.700 tripulantes.
Assim
no próximo dia 10 do corrente teremos em Ponta Delgada mais dois
navios de cruzeiros que no seu conjunto trazem a São Miguel 4.816 passageiros e 1.965
tripulantes.
Natural destaque para a escala inaugural do MARELLA EXPLORER da operadora inglesa Marella Cruises, uma das empresas do grupo alemão TUI.
Natural destaque para a escala inaugural do MARELLA EXPLORER da operadora inglesa Marella Cruises, uma das empresas do grupo alemão TUI.
A
passagem por Ponta Delgada faz parte de um roteiro transatlântico
iniciado em Bridgetown nos Barbados
no passado dia 28 de Abril e que para
além das escalas em Ponta Delgada e Horta contempla paragens em alguns portos das Caraíbas, França e Bélgica, antes de
terminar o cruzeiro no próximo dia 18 em Newcastle na Grã-Bretanha.
Neste itinerário o
navio transporta 1871 passageiros.
Construido
nos estaleiros de Meyer Werft em Papenbourg em 1996 como Galaxy, foi
o segundo navio da classe Century construido para a Celebrity Cruises
Em
2008, após cerca de doze anos de serviço como Galaxy, foi
renomeado como Celebrity Galaxy, tendo em Maio de 2009 sido
transferido para a frota da TUI Cruises, uma joint venture entre a
TUI AG e o grupo RCI. Em virtude dessa transferência foi renomeado
Mein Schiff em 15 de Maio de 2009 e Mein Schiff 1 em Novembro de
2010. Finalmente em 2018 passou a integrar a frota da Marella Cruises
operadora passando então para o actual nome.
Possui
76.998 toneladas de arqueação bruta, 259,70 metros de comprimento,
32,20 metros de boca e um calado de 7.70 metros, possuindo 10 decks
destinados aos passageiros.
Em
ocupação normal tem capacidade para alojar 1.994 passageiros sendo
a sua tripulação composta por 904 tripulantes.
O
segundo navio a visitar a nossa cidade nesse dia é o EMERALD
PRINCESS, da reconhecida companhia de cruzeiros Princess Cruises,
sediada em Seattle.
Esta
escala integra-se num cruzeiro transatlântico de 22 noites entre
Fort Laudardale na Florida e Civitavecchia em Itália, aonde aquele
luxuoso paquete ficará sediado na temporada de verão que agora irá
começar. Neste itinerário transatlântico o navio transporta 2945
passageiros e 1185 tripulantes.
Inaugurado
em Maio de 2007, foi construído na Itália pelos estaleiros
Fincantieri, em Monfalcone. Tem 290 metros de comprimento, 36 metros
de boca e 8 metros de calado. Possui 113,500 mil toneladas de
arqueação bruta e tem capacidade
máxima para 3500 passageiros e 1223 tripulantes. Disponibiliza 15
decks para passageiros aonde se situam os 11105 camarotes exteriores
e os 452 interiores.
No dia 12 está agendada a passagem em Ponta Delgada do BRILLIANCE of
the SEAS, segundo navio da classe Radiance da Royal Caribbean
International. Esta passagem em Ponta Delgada resulta de uma viagem
transatlântica de 15 noites entre Tampa na Florida e Amesterdão na
Holanda, contemplando igualmente escalas em Waterfor e Cork na
Irlanda e Zeebrugge na Bélgica.
Inaugurado
em agosto de 2002, foi construído na Alemanha pelos estaleiros Meyer
Werft, em Papenburg. Possui 90.090 toneladas de arquação bruta. Tem
293 metros de comprimento, 32,2 metros de boca e 8,5 metros de calado
e tem capacidade para acomodar 2500 passageiros e 858 tripulantes.
Disponibiliza 12 decks para passageiros aonde se situam os
aposentos para passageiros, 817 exteriores e 233 interiores.
Para
o dia 17 teremos a escala do BLACK WATCH da popular operadora
inglesa Fred Olsen Cruise Line.
Esta
visita resulta de um interessante cruzeiro de 13 noites iniciado em
Liverpool, denominado “Cidades de Portugal”, e que inclui para
além de P Delgada, escalas nas cidades da Horta, Praia da Victoria,
Lisboa e Leixões.
Construído
em 1972, nos estaleiros Wartsila, na Finlândia, foi o primeiro navio
de um trio de encomendas para a já extinta companhia Royal Viking
Line. Foi inaugurado como Royal Viking Star, e era de menores
dimensões e capacidade do que a atualidade, pois acabou por ser
aumentado (1981) em cerca de 28 metros. Desde então, já assumiu
outras designações em virtude de ter sido adquirido ou transferido
para outras companhias. Até à denominação atual, o Black Watch já
navegou como Westward e também como Star Odyssey.
Possui
205 metros de comprimento, 25 metros de boca e 7,3 metros de calado:
Desloca 28,613 toneladas de arqueação bruta e tem capacidade máxima
para acomodar 800 passageiros com 380 tripulantes.
O
dia 19 marca o regresso a Ponta Delgada do DISNEY MAGIC, o mais
antigo paquete da conceituada operadora Disney Cruise Line.
O
navio estará a fazer um roteiro transatlântico, iniciado em Miami
no dia 12 e que irá terminar em Barcelona no próximo dia 25,
contemplando escalas igualmente em Lisboa, Málaga, Cádiz e
Cartagena.
Inaugurado
em 1998, o DISNEY MAGIC foi construído na Itália pelos estaleiros
Fincantieri, em Monfalcone . Como principais características,
salientamos os 294 metros de comprimento, 32,2 metros de boca, 8
metros de calado, 83 mil toneladas de arqueação bruta e capacidade
máxima para 1800 hóspedes em ocupação normal e 900 tripulantes. O
navio disponibiliza 11 decks para passageiros, com um total de 875
cabines.
Orientado
para os mais novos e para o universo Disney, o navio surpreende pelas
suas linhas exteriores, influenciadas pelos grandes paquetes dos
anos 30, sendo igualmente de destacar o seu colorido.
Para
o dia 23 está programado o regresso a Ponta Delgada do luxuoso navio
de cruzeiros SEVEN SEAS NAVIGATOR, um dos navios da famosa operadora
Regent Seven Seas Cruises, uma das empresas “Premium”
do grupo Norwegian Cruise Line Holdings Lda, que no inicio do mês
esteve em Ponta Delgada e na Horta.
Este
escala em Ponta Delgada está inserida num cruzeiro “east bound”
de 15 noites iniciado em Nova York no dia 15, e que contempla
igualmente paragens em Brest e Cherbourg na França e Zeebrugge na
Bélgica antes de terminar o itinerário em Amesterdão no próximo
dia 29.
Construído
em 1999 nos famosos estaleiros Moriotti em Itália o SEVEN SEAS
NAVIGATOR possui 28.803 toneladas de deslocamento. As suas dimensões
são 170,6 metros de comprimento, 24,8 metros de boca e um calado de
7,5 metros. Tem capacidade para receber até 504 passageiros, sendo a
sua tripulação composta por 326 elementos.
As
escalas do mês irão terminar no próximo dia 31 com a segunda
visita a Ponta Delgada
do OCEAN DREAM navio que opera pela ONG nipónica Peace Boat, e que
passou pela primeira vez em Ponta Delgada a 14 de Outubro de 2015.
Antigo
navio da Carnival o OCEAN DREAM navega agora sob a bandeira daquela
organização japonesa que se dedica a promover a paz pelo mundo, bem
como os direitos humanos e respeito pelo meio ambiente.
Anualmente
aquela organização organiza três voltas ao mundo com a duração
de pouco mais de 3 meses e que permite aos seus passageiros e
voluntários percorrer muitos portos ao longo do seu itinerário,
estando neste momento a
realizar sua 101ª viagem global iniciada a 20 de Abril na cidade
japonesa de Yokohama e que terá o seu fim no próximo dia 2 de
Agosto na cidade de Osaka igualmente no Japão.
Construído em 1981 nos estaleiros Aalborg Vaerft em Aalborg na Dinamarca sob o nome Tropicale, foi o primeiro navio de cruzeiros mandado construir pela Carnival.
Construído em 1981 nos estaleiros Aalborg Vaerft em Aalborg na Dinamarca sob o nome Tropicale, foi o primeiro navio de cruzeiros mandado construir pela Carnival.
Esteve
ao serviço da mesma até 2001, quando foi transferido para Costa
Cruzeiros, que na altura já era uma subsidiária da Carnival,
passando a chamar-se Costa Tropicale.
Em
2005 foi novamente transferido, desta vez para P&O Austrália,
aonde se manteve com o nome de Pacific Star até ser adquirido pela
Royal Caribbean em 2008 e entregue à Pullmantur, aonde se manteve
até ao final de 2011, quando foi adquirido pela Maritime Holdings
Group, e passando a operar pela Peace Boat.
O OCEAN DREAM possui 204 metros de comprimentos, 26,3 metros de boca, deslocando 33.350 Gros. Ton. Tem capacidade máxima para 1400 passageiros e possui uma tripulação de 500 elementos.
O OCEAN DREAM possui 204 metros de comprimentos, 26,3 metros de boca, deslocando 33.350 Gros. Ton. Tem capacidade máxima para 1400 passageiros e possui uma tripulação de 500 elementos.
Muito
embora seja um navio com 38 anos de existência e fruto das diversas
reconversões que sofreu, mantém uma excelente qualidade em todos os
seus espaços, afim de poder cativar, principalmente no mercado
nipónico, passageiros e voluntários para as suas viagens pelo
globo.
Nestes itinerários os seus convidados podem viver, aprender e relaxar num ambiente muito calmo, ao mesmo tempo que viajam por alguns dos lugares mais exóticos do planeta.
Nestes itinerários os seus convidados podem viver, aprender e relaxar num ambiente muito calmo, ao mesmo tempo que viajam por alguns dos lugares mais exóticos do planeta.
Durante
cada viagem a Peace Boat organiza uma série de atividades
educacionais, incluindo conferências e palestras por oradores
convidados e ao mesmo tempo que existem aulas de línguas
(japonês,inglês e espanhol) permitindo assim que todos possam
aprender algo de novo enquanto viajam.
fotos : António Simas, Manuel Botelho, José Borges, António Silva
texto : António Silva