quarta-feira, 27 de junho de 2012

Cais de Cruzeiros de Angra "Deve Ser Repensado"

Fonte: Jornal A União

A Baía de Angra exige um projecto de excelência, enquadrando a cidade de Angra do Heroísmo, a Marina reformulada, e não condicionado às dissonâncias e obras entretanto realizadas. As afirmações são da direcção da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo e foram expressas a propósito do projecto de construção de um Terminal de Cruzeiros, após um trabalho de recolha de opiniões dos seus associados.


A Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) reuniu em Assembleia Geral Extraordinária, no passado dia 18, com o objectivo de recolher a opinião dos seus associados acerca da eventual construção de um Terminal de Cruzeiros na Baía de Angra do Heroísmo. Um projecto que se encontra em fase de consulta pública, e, neste sentido, o encontro contou com a presença de José Mourim Oliveira, engenheiro e director de Projeto. Este considerou “indispensável referenciar os seguintes aspectos de enquadramento”: Trata-se de uma baía com elevado valor histórico, arquitectónico, arqueológico e paisagístico, que esteve na origem da classificação da Cidade de Angra do Heroísmo como Património Mundial da Unesco; a existência de um porto oceânico na Ilha Terceira, localizado na Praia da Vitória, contendo duas estruturas, uma o Porto Comercial da Praia da Vitória e outro, o Porto Comercial das FEUSAÇORES, ambos vocacionados para o transporte de carga, e servindo actualmente de apoio ao transporte marítimo de passageiros inter ilhas e navios de cruzeiros, não cumprindo as normas internacionais de segurança; o investimento público de construção do Terminal de Cruzeiros poderá ser financiado em 95%, a fundo perdido, pelo QRESA, não sendo significativo o esforço financeiro regional, na óptica do investimento; a Marina de Angra do Heroísmo está limitada no seu crescimento e não permite a captação de Iates de maior dimensão, por falta de profundidade e espaço, estando condicionada em termos de divulgação externa; o adiamento histórico da construção de um grande porto em Angra do Heroísmo, obrigou à realização de obras no Porto das Pipas destinadas ao parqueamento de contentores, ocupando uma parte importante interna da Baía e condicionando o seu crescimento. Posteriormente foi totalmente remodelado mantendo exactamente o mesmo conceito; e, por fim, o actual Cais do Porto das Pipas e a Marina representam constrangimentos importantes no desenho do projecto de excelência que a Baía de Angra merece.

 

ANÁLISE TÉCNICA 

No que diz respeito à análise técnica, explica a direcção da CCAH, o novo projecto deve contemplar o melhoramento da Marina e a redução de terraplenos do Porto das Pipas, garantindo-se melhor qualidade global do projecto e possivelmente menor custo final de construção; a tendência recente de construção de navios com 350 metros de comprimento, colocaria, à partida, o terminal de Angra, limitado no mercado, dado que o projecto aponta para a recepção de navios até 300 metros.



Considera ainda não ser adequado a manutenção da actual infra-estrututra coberta, que significa uma dissonância e obriga à criação de mais terraplenos, diminuindo ainda mais a área de águas internas; além de que não foi considerado no projecto, o lançamento do cais aproveitando os enroscamentos existentes, que permitiriam lançar o novo molhe ligeiramente mais afastado relativamente ao proposto no projecto e ganhando-se área de manobra interna. Possibilitando ainda uma ligação no sentido da Baía das Águas e o necessário alongamento de mais 50 metros de cais, e não apresentando esta alteração um acréscimo do valor da obra, mas previsivelmente uma redução global do custo da obra, atendendo que grande parte do molhe seria executado em zona sólida e a baixas profundidades.


Já acerca dos aspectos arquitectónicos do projecto, entendem não pronunciar-se “por considerarmos que este deverá ser revisto, tendo em conta o enquadramento urbanístico, e tendo em vista um projecto integrado da Baía de Angra”. 


“NÃO CONDICIONAR O PORTO DA PRAIA” 

As conclusões do encontro promovido pela CCAH ditam que o projecto deve de ser “repensado e globalmente reformulado” de forma a garantir “igualmente condições de cais – comprimento e profundidade – para o mercado actual e futuro de cruzeiros”, e, não menos importante, “o investimento não deve condicionar os investimentos necessários e urgentes de transformar o Porto da Praia da Vitória numa efectiva unidade logística dos Açores”.

 


Contudo, acrescentam, os responsáveis exaltam a vontade política de realizar investimentos estruturantes na Ilha Terceira e aproveitar os fundos comunitários em vigor para dotar a mesma de uma boa infra-estrutura portuária contendo o porto comercial da Praia da Vitória e o terminal de Cruzeiros no Porto de Angra do Heroísmo. 


(RE)LIGAÇÃO AO MAR 

O mesmo estudo de opinião lançado pela CCAH defende ainda que a cidade de Angra do Heroísmo deve ser preservada e qualificada com investimentos de excelência, que a tornem num lugar único para ser visitado, sendo para tal indispensável uma maior e melhor ligação ao mar, e que a realização do Terminal de Cruzeiros deve contemplar a reorganização da Baía de Angra, envolvendo o Porto das Pipas, a Marina, as encostas e as vias de circulação, e equacionar o seu interface à Baía das Águas.

 
Panorâmica actual do Porto Pipas - Angra do Heroísmo

Também defende que o transporte marítimo de passageiros inter ilhas deve regressar ao seu porto histórico, por razões naturais e também por razões económicas considerando as milhas de navegação.

No que concerne à dimensão do cais, rematam, o critério indica que o futuro Cais de Cruzeiros deverá ter sempre capacidade de receber navios até 350 metros.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Turismo de cruzeiros nos Açores com índices positivos para o futuro

Fonte: GaCS

Filipe Macedo, Miguel Cymbron e André Velho Cabral

O Diretor Regional do Turismo afirmou hoje, em Ponta Delgada, que o mercado de cruzeiros na Região tem uma relevante importância para a política de turismo dos Açores.
Miguel Cymbron, que falava numa conferência de imprensa promovida pela empresa Portos dos Açores, S.A, explicou, na ocasião, que o turismo de cruzeiros serve como veículo de promoção turística do arquipélago, pois uma percentagem dos excursionistas que escalam os Açores tende depois a regressar como turista.
Por outro lado, de acordo com o responsável, essa função promocional do cruzeirismo permite gerar receitas na Região, mais precisamente através dos serviços que são comercializados aos passageiros, como os “Shore excursion” e os “Turn arounds”, ou as visitas realizadas na cidade ou ilha de acostagem, onde na maior parte das vezes se consomem os produtos locais.
O Diretor Regional do Turismo disse também que a estratégia de captação de cruzeiros para os Açores iniciou-se com a aposta no mercado de reposicionamento - navios que escalam a Região e se reposicionam com destino a outras regiões - que continua a ser fidelizado continuamente.
A partir de 2012, os Açores começaram a colher os resultados da aposta nos cruzeiros temáticos, que se deslocam à Região com o intuito de uma visita mais prolongada e incluem no seu itinerário em terra excursões pelas ilhas de destino. “Este tipo de turismo de cruzeiro, ainda em fase de consolidação, permite que um turista despenda cerca de 120 euros no mercado local, ao contrário dos cruzeiros de reposicionamento, em que os passageiros apenas gastam cerca de 30 euros”, sustentou Miguel Cymbron.

 O Diretor Regional do Turismo frisou que o cais dedicado de Ponta Delgada, o profissionalismo das equipas de acolhimento em terra e as belezas naturais das ilhas têm sido motivo para as crescentes reservas de pacotes turísticos de cruzeiros, para 2013 e 2014, que incluem os Açores como escala.

Só no 1º semestre deste ano, de acordo com a Portos dos Açores, S.A, escalaram os Açores cerca de 58 mil passageiros, na sua maioria oriundos do Estados Unidos da América, Canadá e Reino Unido, o que contribuiu, no mesmo período, para um impacto na economia açoriana de cerca de 1 milhão e 744 mil euros. Para os restantes seis meses do ano estão ainda previstas 49 escalas de cruzeiros e mais de 52 mil passageiros.

Miguel Cymbron sublinhou ainda que o cais de Ponta Delgada representa o primeiro passo para o crescimento deste tipo de turismo nos Açores e que o novo cais de cruzeiros da Horta, em fase final de conclusão, será o complemento para uma verdadeira política de circuito de cruzeiros na Região.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Regatta em Ponta Delgada


Com proveniência do porto da Horta (de que demos conta aqui) esteve hoje em Ponta Delgada o luxuoso Regatta, da Oceania Cruises com 658 turistas a bordo. Recordamos que esta visita ao arquipélago consta de um itinerário que liga Miami a Barcelona, itinerário este que teve início a 11 de Junho, na Florida, e que contempla ainda escalas em Ponta Delgada (amanhã), nas Bermudas, Motril e Valência.
 
 

Relativamente ao interior deste navio, no seguimento da breve análise iniciada no post de ontem, de salientar o ambiente luxuoso que o Regatta proporciona aos seus passageiros. Com uma decoração claramente inspirada nos paquetes dos anos 20 e 30, este revivalismo está patente nos salões e átrio decorados com madeiras nobres, tectos pintados a óleo e paredes forradas a cabedal. 
A escadaria do átrio principal é nitidamente inspirada no famoso Titanic e as principais áreas públicas transmitem a sensação de requinte, conforto e bem-estar num ambiente distinto e intimista. O Martinis Bar é um dos locais de eleição a bordo e o Horizons é um dos salões mais apelativos deste navio, situa-se no na dianteira do deck 10, área que proporciona excelentes panorâmicas do navio e dos locais onde aporta.

Ao nível da restauração, ênfase para o Grand Dining Room, restaurante principal do navio, local onde, para além das magníficas refeições, podemos desfrutar de uma magnífica vista panorâmica para o exterior. O Terrace Café é a área destinada a pequenos-almoços, almoços e jantares informais, muito apreciado por todos aqueles que não pretendem uma refeição com muitos códigos de etiqueta. Já os restaurantes temáticos como o Toscana Italian Restaurant e Polo Grill podem ser frequentados através de reserva, mas tal não implica custo adicional.

Fonte: Youtube

Quanto às restantes áreas, acresce-nos referir que o navio possui uma piscina, dois jacuzzis, além do habitual SPA (Canyon Ranch SPA Club). O casino é de pequenas dimensões e a biblioteca de bordo é particularmente acolhedora e dotada de um interessante variedade de livros.


O Regatta esteve atracado nas Portas do Mar entre as 09h30 e as 18h00, rumando a Motril (Granada - Espanha). No próximo mês de Setembro, este navio regressa a Ponta Delgada.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Regatta na Horta


No dia de hoje assinalou-se a escala do luxuoso navio de cruzeiros Regatta, da operadora norte-americana Oceania Cruises, no porto da Horta (ilha do Faial), com 658 turistas a bordo. Esta visita ao arquipélago consta de um itinerário que liga Miami a Barcelona, itinerário este que teve início a 11 de Junho, na Florida, e que contempla ainda escalas em Ponta Delgada (amanhã), nas Bermudas, Motril e Valência.

 

Inaugurado em 1998, então com a designação de R Two, foi construído nos estaleiros franceses de St. Nazaire, sendo o segundo de um projecto de 8 idênticos navios de cruzeiro. Entre 2001 e 2002, após a falência da companhia Renaissance Cruises, esteve um ano imobilizado, findo o qual foi alugado à recém-formada Oceania Cruises e passou a designar-se Insignia. Em 2003 assumiu a presente designação e em 2006 foi definitivamente adquirido pelo actual armador.


Tendo capacidade para 686 passageiros e 410 tripulantes, possui 30,277 mil toneladas de arqueação bruta, mede 180m de comprimento, 25m de largura e 6m de calado.

  
O navio atracou no molhe comercial do porto da Horta (onde deixou a sua marca) pelas 09h30, tendo partido pelas 18h00 rumo a Ponta Delgada. No próximo mês de Setembro, o Regatta regressa aos Açores para mais uma escala, desta feita apenas em Ponta Delgada.


Um agradecimento especial ao Miguel Nóia e à Helena Brandão pela partilha dos bonitos registos fotográficos de hoje.


Participe no blogue e envie-nos as suas fotos desta escala para cruzeirospdl@gmail.com. 

Itinerário actual (Regatta)

sábado, 16 de junho de 2012

Azores Cruise Club colabora com a Revista ComVida

A revista ComVida é uma publicação gratuita com periodicidade trimestral da Associação de Empresários do Complexo Turístico das Portas do Mar, podendo ser vista em PDF através do site da empresa Zona de Ideias, responsável pela sua publicação. A versão em papel está disponível nos vários espaços comerciais das Portas do Mar.


Esta edição 11 conta mais uma vez com a colaboração dos membros do Azores Cruise Club, a começar pela capa, da autoria de Carlos Carvalho, habitual colaborador deste blogue.


Em termos fotográficos merece também destaque uma foto do Disney Fantasy nas Portas do Mar em dupla página, da autoria de António Simas.

 

Ao nível do conteúdo, destaque para uma entrevista a António Silva, Presidente do Azores Cruise Club (que publicaremos aqui no blogue nos próximos dias), e para o Norwegian Epic, imponente navio que continua a ter Ponta Delgada como único porto de escala em Portugal.

 
 
Outros artigos compõem mais uma interessante edição desta revista de excelente qualidade, que recomendamos.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Horta recebe Oriana em Cruzeiro às Ilhas Atlânticas


A cidade da Horta voltou a receber hoje a visita do elegante paquete Oriana, da P&O Cruises, no âmbito dum itinerário denominado Atlantic Islands, que teve inicio a 28 de Maio, em Southampton e que contou com escala ontem em Ponta Delgada e hoje na cidade Faialense. 

 

O itinerário prevê ainda escalas no Funchal, Gran Canaria, Lisboa, Vigo e novamente o referido porto inglês, onde finda o cruzeiro a 9 de Junho. Este é um itinerário semelhante ao de 2010, que contou também ele com escalas em Ponta Delgada e Horta.


Webcam Oriana - Fonte: P&O Cruises

Efectivamente o Oriana regressou hoje ao porto da Horta depois da sua última visita a 19 de Agosto de 2010. À semelhança desse ano o itinerário actual teve uma grande procura por parte dos Britânicos que praticamente esgotaram a sua lotação. A bordo seguem 1795 passageiros e 800 tripulantes (dados da agência de navegação da P&O em Ponta Delgada, a Bensaúde Shipping).

Fonte: Localizatodo

O navio fundeou junto à cidade da Horta pelas 07h20, tendo partido pelas 18h25. A última escala deste navio nos nossos portos em 2012 será em Ponta Delgada no dia 28 de Setembro.


Um agradecimento especial ao Pedro Simas, habitual colaborador do blogue Porto da Madalena, ao Marcelo Sousa e ao Miguel Nóia pela partilha dos registos fotográficos de hoje.
Participe no blogue e envie-nos as suas fotos desta escala para cruzeirospdl@gmail.com.
 
Itinerário actual
Memórias: Oriana