sábado, 14 de fevereiro de 2015

ALEKSANDR PUSHKIN / MARCO POLO CELEBRA 50 ANOS DE ACTIVIDADE


As cidades da Horta e Ponta Delgada receberam esta semana a visita do navio de cruzeiros  MARCO POLO, um dos mais antigos navios de cruzeiros ainda em actividade, escalas essas integradas num cruzeiro de 42 noites denominado Amazon, West Indies & The Azores, e que proporcionou aos 725 passageiros um interessante périplo por paragens mais exóticas como terras de Vera Cruz e algumas afamadas ilhas das Caraíbas.
Aleksandr Pushkin em Ponta Delgada 

Se para os entusiastas dos navios de cruzeiros mais novos a visita deste navio possa não ter muita importância, para os mais velhos esta escala traz à memória outras escalas deste emblemático navio no final dos anos 60 e principio dos anos 70, sob o seu nome original ALEKSANDR PUSHKIN, integrado na frota da então União Soviética.




Ao comemorar-se os seu 50 anos de existência o Azores Cruise Club não poderia deixar de salientar esta data e partilhar com os seus sócios, amigos e seguidores alguns factos que tornam esta paquete um navio muito conceituado principalmente no britânico, muito saudosista dos paquetes clássicos.



Inaugurado em 1965, o ex Aleksandr Pushkin mantém os seus originais 176 metros de comprimento, 23,6 metros de boca e 8,2 metros de calado, possui 22,080 toneladas de arqueação bruta, tendo capacidade máxima para 820 passageiros com 356 tripulantes. Disponibiliza 8 decks para passageiros com um total de 425 cabines, 292 das quais com vista exterior.

O navio foi projectado no âmbito da modernização da frota da ex União Soviética que, entre 1964 e 1972, encomendou cinco navios de passageiros aos estaleiros Mathias-Thesen, em Wismar, na então República Democrática Alemã. O primeiro a ser lançado foi o Ivan Franko, seguido do Aleksandr Pushkin, Taras Shevshenko , Shota Rustaveli  e, já na década de 70, o último desta classe, Mikhail Lermontov.

O agora MARCO POLO, o único sobrevivente da classe Ivan Franko, começou a navegar com o nome de Aleksandr Pushkin para a Baltic Shipping Co, no verão de 1965, fazendo uma série de cruzeiros antes de ser colocado na rota transatlântica de carreiras regulares entre Leninegrado e Montreal. Entre 1975 e 1991 realizou cruzeiros com destinados variados, ligado a companhias alemãs, inglesas e soviéticas. Após um curto período em lay-up em Singapura, foi vendido em 1991 à Shipping and General (Orient Lines) e enviado para a Grécia com vista a efectuar uma grande remodelação, facto que acabou por demorar quase três anos.
Desde então, e já com o nome actual, o Marco Polo tem sido um barco muito popular junto do mercado inglês, não só pelo saudosismo que as suas linhas clássicas apresentam mas também pelos itinerários menos convencionais que protagoniza. 









Presentemente, está ao serviço da operadora britânica Cruise & Maritime Voyages e realiza cruzeiros para os mais diversos locais, tendo como homeport a cidade inglesa de Tilbury. 










No que concerne a comodidades, começamos por realçar que, não obstante a sua longevidade, é um navio apelativo, bem conservado e muito procurado pelas saudosistas dos paquetes clássicos. 
As áreas públicas são agradáveis e muito confortáveis, como são os exemplos dos salões/bares Columbus, Scott’s Bar, Charlstone e Palm Garden. 









Ao nível da restauração, natural destaque para o Waldorf Restaurant, local muito aprazível para uma boa refeição. Uma piscina, três jacuzzis, um SPA, biblioteca e o Ambassador Lounge, local para espectáculos, completam as zonas públicas preferidas dos hóspedes.










fotos : Leandro Martins, Fernando Medeiros, Luís Carlos Vieira, André Moura, Carlos Carvalho, António Silva, C&MV.

texto: André Moura / António Silva


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