quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Memórias: Saga Ruby



No próximo sábado regressa a Ponta Delgada o emblemático Saga Ruby. Realce para o facto de se tratar de um itinerário de 32 dias, com destino a várias ilhas das Caraíbas, mas principalmente por ser o cruzeiro comemorativo das bodas de Diamante da Saga Holidays (1951-2011). Refira-se que, no final desta viagem, o Saga Ruby volta a visitar os Açores a 28 de Novembro, desta vez fazendo escala porto da Praia da Vitória.


Categoria: ****
Companhia: SAGA Group
Operadora: SAGA Cruises
Construtor: Swan Hunter, Wallsend on Tyne (Inglaterra)
Designações anteriores: Vistafjord, Caronia
Ano de Construção: 1973
Tonelagem: 24,492 t
Comprimento: 191m
Boca: 25m
Calado: 8,2m
Potência: 2x Diesel-Electric 17,900 kW
Velocidade de serviço: 18 nós
Capacidade máxima de passageiros: 661
Elementos de Tripulação: 380
Oficiais: Britânicos
Vida a bordo: Premium
Bandeira: Valleta, Malta



Este magnífico navio foi construído em 1973, nos estaleiros Swan Hunter, em Wallsend on Tyne, Inglaterra, tendo começado a sua actividade como Vistafjord, navio que pertencia à companhia Norwegian America Line (Den Norske Amerikalinje A/S), para realizar a carreira entre Oslo e Nova Iorque.

 
Em 1980, já ao serviço da companhia Norwegian American Cruises, o Vistafjord, juntamente com o Sagafjord, passou exclusivamente a realizar cruzeiros. Três anos mais tarde, foi comprado pela Cunard mantendo a sua designação e função até 1999, altura em que foi profundamente remodelado e inclusive, renomeado Caronia.


Em 2004 foi vendido para a Saga Shipping, tendo sido submetido a nova reformulação e baptizado com a sua actual designação, Saga Ruby. Entrou ao serviço do seu actual armador em 2005 e, desde então, realiza uma série de itinerários específicos a partir de Inglaterra, destinados basicamente ao mercado britânico, na faixa etária acima dos 50 anos.


Relevo também para o facto que esta foi a última construção realizada no Reino Unido de um barco deste género, uma vez que, desde então, os grandes construtores navais passaram a ser os italianos, franceses, alemães e finlandeses, que assim, tiraram o domínio britânico de décadas nessa área.


Se tivermos em conta, que nos nossos dias deparamo-nos com alguns navios de cruzeiro com formas mais ao estilo “caixote” ou hotel flutuante, contemplar o Saga Ruby é recordar uma época, já distante, que deixou muitas saudades, uma vez que os navios de então apresentavam uma elegância e glamour difíceis de igualar actualmente.


No interior do navio os locais públicos são acolhedores e espaçosos, onde destacamos o Britannia Lounge, Ballroom, Lido Restaurant e Dining Room. O Internet Center, a piscina interior e os camarotes são igualmente bonitos e apelativos.


No espaço exterior, salientamos o tradicional promenade deck e toda a área envolvente à piscina exterior, onde foi possível constatar uma concepção muito diferente dos navios actuais. De facto, disposição das zonas exteriores lembra outros tempos em que se dava importância ao exterior como local de excelência do barco. Também as baleeiras, ou pelo menos uma parte delas, são as tradicionais embarcações usadas nos grande transatlânticos de outrora.

Sem comentários: