domingo, 30 de maio de 2010

Ship Simulator 2010: Extremes lançado em Agosto

A terceira geração de Ship Simulator (depois das versões de 2006 e 2008) tem data de lançamento marcada para o dia 24 de Agosto de 2010.


O Ship Simulator é um jogo de simulação que coloca os jogadores no leme de alguns dos mais variados e detalhados navios que se podem encontrar no mar, todos inseridos em ambientes 3D fantasticamente realísticos. Os jogadores poderão tomar o controlo de uma grande variedade de tipos de barcos, desde enormes barcos de mercadorias até lanchas, iates, táxis marítimos e inclusive o majestoso Titanic. As águas por onde se navega são igualmente tão diversificadas como os navios, e vão desde os maiores portos do mundo até tranquilas águas tropicais. É possível realizar tarefas nas muitas missões preconcebidas ou navegar livremente.

Ship Simulator 2006

A primeira versão, lançada em 2006, permite jogar com 8 tipos de navios diferentes, todos com controlos individuais, em 700 km2 de portos marítimos perfeitamente recriados (Roterdão e Hamburgo) e em cenários tropicais (Ilhas Phi Phi). O Ship Simulator 2006 oferece 40 missões muito diferentes, incluindo missões de busca e salvamento, correr com uma lancha rápida ou rebocar um navio de carga através de uma entrada estreita para o porto com o rebocador. É possível criar missões personalizadas usando o editor de missões e arrastar os navios jogáveis e as tarefas para um dos ambientes do jogo, povoando o seu porto com guindastes, cargueiros, docas, carros e pilhas de carga (num total de 100 itens editáveis). O jogo possui um sistema meteorológico dinâmico, incluindo força do vento e chuva. É possível caminhar pelo convés do Titanic, descobrir como era a vida de um passageiro a bordo deste famoso navio, desfrutando do nível de detalhe do navio, modelado de acordo com o original.

Ship Simulator 2006 Collectors Edition e Ship Simulator 2006 Add On

Porteriormente foram lançadas uma versão de coleccionador (com missões adicionais, vídeos de aprendizagem e o porto de Nova Iorque) e uma versão Add On (6 novas classes de embarcações, desde um iate histórico a um enorme navio de cruzeiro moderno).

Ship Simulator 2008 e Ship Simulator 2008: New Horizons

O Ship Simulator 2008 e a consequente expansão (Ship Simulator 2008: New Horizons) trouxeram grandes melhoramentos, que vão desde as ondas oceânicas aos movimentos realísticos dos barcos. 
Na versão de 2008 foi também implementado um sistema avançado de dia/noite/condições meteorológicas, funcionalidade de multijogador, opção de viagens longas entre portos (missões em mar aberto), guias passo a passo em todos os novos barcos, função de gravação a meio das missões, visibilidade de danos nos barcos após colisão, novos instrumentos de navegação (como o medidor de profundidade), operações avançadas de Reboque e Corda de Ancoragem, novas missões complexas e desafiantes (tais como perseguir outros barcos, carregamento de contentores, combate de incêndios, operações de resgate), novos portos (São Francisco, Southampton/Solent incluindo Cowes e Marselha), pelo menos 9 embarcações novas (incluindo vários ferries, um hovercraft, um enorme porta-contentores, uma plataforma petrolífera, um petroleiro, um barco de resgate e um jet-ski), duas gruas para carregamento e descarregamento de contentores, que podem ser controladas pelo jogador.
A expansão Ship Simulator 2008: New Horizons trouxe missões adicionais, 8 novos barcos e mais um porto (Cornwall, Inglaterra).

Ship Simulator: Extremes

A julgar pelas imagens acima, pelo Trailer disponibilizado e pelas palavras de um dos responsáveis da VSTEP (a empresa criadora de Ship Simulator), o Ship Simulator 2010: Extremes aparenta estar ainda mais realista, prometendo continuar a ser uma referência e a merecer admiração por aqueles que apreciam simuladores e os mais variados tipos de navios.



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Referências:
4play.pt
ShipSim.com
GameSpot: Ship Simulator 2006 
GameSpot: Ship Simulator 2008
GameSpot: Ship Simulator: Extremes
Descarregar versão de demonstração (S.S. 2008)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Celebrity Century em Ponta Delgada

Eram 6h30 quando o navio de cruzeiros Celebrity Century lançou as últimas amarras para o cais Portas do Mar em Ponta Delgada. O navio chegou um pouco mais cedo que a hora prevista (7h00) com os seus cerca de 1800 passageiros.
Este navio, da conceituada Celebrity Cruises, está em cruzeiro transatlântico de 14 dias iniciado em Miami (Estados Unidos da América) a 20 de Maio e com destino final no dia 3 de Junho em Barcelona (Espanha). Esta é a primeira escala intermédia deste cruzeiro, seguindo-se as cidades de Lisboa, Cádiz (Espanha) e Málaga (Espanha).


A saída do Celebrity Century está prevista para as 14h00, sendo que ao longo do dia serão adicionadas fotos desta escala, de todos aqueles que desejarem contribuir.
Acaba assim este intenso período de movimento de cruzeiros em Ponta Delgada, com o reposicionamento dos navios da América para a Europa. Estão previstas mais 19 escalas nos Açores este ano: 15 em Ponta Delgada, 2 na Praia da Vitória e 2 na Horta. O próximo navio de cruzeiros a visitar-nos falo-á apenas em Agosto. De facto o Oriana irá passar por Ponta Delgada pela quarta (!) vez este ano, escalando também o porto da Horta no dia seguinte.
As escalas em Ponta Delgada voltam a intensificar-se a partir de Outubro.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Memórias: Celebrity Century

Texto: André Moura (ACC)


É já na próxima 6ª feira, dia 28 de Maio, que as Portas do Mar recebem mais um navio da conceituada companhia Celebrity Cruises, pertença do grupo Royal Caribbean International.


Fonte: Youtube

Categoria: ****+
Companhia/Operadora: Celebrity Cruises
Construtor: Meyer Werft, Papenburg (Alemanha)
Ano de Construção: 1995 (Remodelado em 2006)
Tonegagem: 71,545 t
Comprimento: 246m
Boca: 32,2m
Calado: 7,5m
Potência: 2 Motores de 6 cilindros + 2 Motores de 8 cilindros MAN B&W diesel 29,250 kW 2H
Velocidade de serviço: 21,5 nós
Capacidade máxima de passageiros: 2150
Elementos de Tripulação: 858
Oficiais: Gregos
Vida a bordo: Premium
Bandeira: La Valletta



O agora Celebrity Century foi construído em 1995, nos estaleiros alemães de Meyer Werft, em Papenburg, onde, aliás, a companhia americana tem encomendado a maior parte da sua frota, então com o nome de Century. Foi o primeiro navio de um trio que se complementou com o Galaxy, actual Mein Schiff e o Mercury. Mais tarde, todos passaram a ostentar a designação Celebrity antes do nome original.
 

Este navio de cruzeiros destaca-se pela remodelação que foi alvo em 2006, altura é que ficou claramente mais apelativo quer no seu interior mas principalmente no exterior, isto porque lhe foram acrescentadas 314 varandas e 14 novas suites. Como se poderá constatar nas fotos, as diferenças são evidentes e claramente para melhor. O navio ficou mais ao estilo da classe Millennium, com um aspecto mais elegante, mais moderno e menos austero, pese embora a sua pintura continue a ser motivo de desagrado para muitos analistas da especialidade. Não obstante, o Celebrity Century ficou mais apelativo e apesar da sua idade (15 anos) enquadra-se de forma perfeita nos propósitos da companhia que continua a apostar neste navio para um importante segmento do mercado de cruzeiros.
 
 Fonte: Ship Parade

A vida abordo deste navio de cruzeiros é caracterizada pelo requinte e excelente serviço prestado aos seus passageiros, o que não é alheio o facto de ser considerado serviço Premium. Igualmente, no Celebrity Century nunca temos aquela sensação de estar muita gente no mesmo sítio, mesmo naqueles cruzeiros mais concorridos, há muito espaço e por isso as concentrações de pessoas não são muito comuns, embora também ocorram.
 
 Fonte: Ship Parade

A decoração dos interiores é cuidada e elegante, mas o nosso destaque neste aspecto centra-se nas 500 obras de arte, avaliadas em milhares de euros, que adornam as áreas públicas do navio, como são o caso de alguns quadros do célebre Andy Warhol. Acrescente-se a notória tendência para privilegiar arte dos anos 60 até aos nossos dias, com obras enquadradas nos estilos Abstracto, Expressionista, Pop, Conceptualista, Minimalista ou Neo-Expressionista.
 
 Fonte: Ship Parade

Relevo também para as várias áreas de lazer e restauração existentes a bordo, onde podemos destacar os magníficos restaurantes como o Grand Restaurant, Cova Café di Milano, Ocean Grill ou o mais intimista Murano, o bar Martini, o Crystal Room, o nightclub Hemisphere, Michael’s Club e ainda a sala de espectáculos Celebrity Theatre.
 
 Fonte: Ship Parade

O AquaSPA é grande e moderno, convidando os passageiros a uns momentos mais relaxantes abordo, no entanto aqui, como em qualquer outro navio de cruzeiro, os SPA são sempre relaxamentos que custam extras à nossa algibeira, mas que vale a pena, vale! Aproveitando a questão de extras, podemos sempre tentar a nossa sorte no Fortune’s Casino, que merece ser visitado um vez que nos proporciona um deslumbre visual, tal é a profusa e magnífica decoração, especialmente nos tectos.
 
 Fonte: Ship Parade

Não queríamos finalizar este artigo sem esclarecer algo que nos têm perguntado aquando das visitas dos navios da Celebrity, mais concretamente o significado do X na ou nas chaminés dos navios. Ora este X corresponde à letra grega C, C de Chandris, companhia grega muito famosa nas décadas de 50,60,70 e 80 e que fundou a Celebrity Cruises, vendendo-a mais tarde, em 1997, à Royal Caribbean International.



terça-feira, 25 de maio de 2010

2ª Escala do Prinsendam em Ponta Delgada

Chegou esta manhã a Ponta Delgada o navio de cruzeiros Prinsendam.
Este navio, da holandesa Holland America Line, chega-nos da cidade da Horta (ilha do Faial) em cruzeiro transatlântico.
Esta é a segunda escala do Prinsendam em Ponta Delgada este ano, tendo escalado ontem o porto da Horta.




A saída do navio está prevista para as 17h00 rumo ao porto espanhol de Cádiz. No âmbito deste longo cruzeiro de 24 dias, o Prinsendam passa ainda por Portimão, Lisboa, Corunha, Bilbao, Falmouth, Le Havre, Dover e Amesterdão. Ao longo do dia de hoje serão adicionadas fotos desta escala.

sábado, 22 de maio de 2010

Memórias: Holland America Line (Parte 2/2)

Texto: André Moura (ACC)
 
O crescimento do mercado de cruzeiros levou os responsáveis da Holland America a adquirirem mais dois navios, desta feita fizeram-no com a compra, à companhia norte-americana Moore Mc Cormack Lines, do Brasil e do Argentina, que respectivamente receberam as novas designações de Volendam e Veendam (na foto). 


Eram navios de construção americana, luxuosos mas também dispendiosos a nível de manutenção, no entanto serviam os intentos da companhia holandesa, que pautava cada vez mais o seu serviço por uma categoria acima da média.

Nesta nova tendência de mudança, que se nota pelas fotos, os navios da HAL abandonaram o tradicional cinzento do casco e a chaminé tricolor em função de um casco azul-escuro, que ainda hoje se mantem e a chaminé laranja.

1971 marca um importante acontecimento na história desta transportadora quando o magnífico mas já “idoso” Nieuw Amsterdam realiza a última travessia Roterdão-Nova Iorque. Era o adeus de quase uma centúria de travessias atlânticas, facto que não foi alheio à afirmação do avião como meio de transporte de eleição. Dois anos mais tarde seria a despedida daquele magnífico navio, vendido a sucateiros em Taiwan.


Precisamente em 1973, a HAL introduziu um navio novo na sua frota, o Prinsendam (não confundir com o actual e nosso próximo visitante), navio de pequenas dimensões e apenas 9000 toneladas mas foi um navio que ficou na história da companhia pelas piores razões. A 11 de Outubro de 1980, no Golfo do Alasca, o Prinsendam sofreu um grande incêndio na casa das máquinas, acabando posteriormente por se virar e afundar.

 
Apesar desta evidente contrariedade, esta embarcação teve o condão de ter dado um significativo contributo na projecção que os cruzeiros no Alasca durante a década de 80 foram obtendo. Neste sentido, foram reposicionados quer o Rotterdam quer o remodelado Statendam (foto acima), para fazerem cruzeiros para aquelas paragens.

 
Em 1983 duas novas unidades foram acrescentadas à elegante frota holandesa, com a introdução dos novos e idênticos Nieuw Amsterdam e Noordam (foto acima), altura em que também a HAL se integrou com uma subsidiária sua, a Westours Inc. Navios de categoria e refinada decoração mas que nunca chegaram a conquistar o coração dos que neles viajavam, acabaram por ser cedidos à Thomson, ostentando na actualidade os nomes de Thomson Spirit e Thomson Celebration.

 
Em Julho de 1987, a HAL expande-se de uma forma notória, primeiro com a aquisição de 50% da Windstar Cruises Inc. e no ano seguinte com a compra da companhia grega Home Lines. Nesta última aquisição, estavam integrados dois navios, o Atlantic e o Homeric (foto acima), mas ambos acabaram por ter sortes diferentes uma vez que o Atlantic foi vendido à Premier Cruise Lines e o Homeric foi integrado na frota da HAL, com o nome de Westerdam. Em 1988, a HAL comprava os restantes 50% da Windstar Cruises e ficava assim com a totalidade desta última.

 
Neste mesmo ano, de comprador a HAL passou a empresa adquirida, tendo sido transaccionada pelo gigante americano Carnival Holdings Ltd, por um valor a rondar os 625 milhões de dólares. Se a companhia já prosperava antes de ser integrada na Carnival, após esta situação os efeitos de ainda maior crescimento fizeram-se logo sentir com a encomenda inicial de 3 novos, acabaram por ser 4, navios aos estaleiros italianos de Fincantieri. O primeiro, em 1993, foi o Statendam (foto acima), seguindo-se o Maasdam, Ryndam e Veendam. São 4 navios idênticos e que operam actualmente nos quatro cantos do mundo nas mais variadas rotas.


Entre 1997 e 2000, quatro novos navios foram introduzidos nas rotas da Holland America, sucessivamente o Rotterdam, Volendam, Zaandam (foto acima) e Amsterdam, embora estejam todos integrados na classe R (Rotterdam), o Volendam e Zaandam têm os canos em formato diferente e o design do navio também difere dos outros dois.


A propósito dos canos ou chaminés, de realçar que agora a HAL tem os seus navios com a zona das chaminés pintada de branco com o símbolo da companhia desenhado a azul. Em nossa modesta opinião, o conjunto tricolor dava outro charme a esta famosa companhia…

 
Em 2002, o então Seabourn Sun foi transferido da Seabourn Cruise Line para a Holland America e renomeado Prinsendam. Também neste ano foi introduzida a famosa classe Vista na frota holandesa, com o lançamento do Zuiderdam, seguindo-se os gémeos Oosterdam, Westerdam e, em 2006, o Noordam (foto acima).

No ano de 2008, assistimos ao lançamento do moderníssimo Eurodam, da classe Signature, classe esta que, de certa forma, é uma evolução da classe Vista.

Para o corrente ano, teremos o lançamento, em Julho, do novíssimo Nieuw Amsterdam (em baixo), também ele da classe Signature, navio que herda uma pesada responsabilidade de ser o navio almirante de uma frota de prestígio e de uma companhia centenária mas que não tem descurado os seus padrões de elevada qualidade e serviço Premium, que continuam a servir de referência no panorama mundial. Este gigante holandês continua bem vivo, primando pela elegância, qualidade e distinção, que fazem da Holland America Line uma companhia de eleição.


Referências

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Memórias: Holland America Line (Parte 1/2)

Texto: André Moura (ACC)



Com o intuito de darmos a conhecer cada vez mais e melhor aos nossos associados e visitantes deste blog informações acerca deste “universo” tão vasto como é o turismo de cruzeiros, retomamos hoje a abordagem retrospectiva das companhias de cruzeiro que marcam posição no panorama actual do mercado do género.

Procuramos, com este propósito, proporcionar uma perspectiva global acerca desta crescente indústria, possibilitando assim, a todos os que nos consultam, uma realidade que vai muito além dos navios que por cá acostam, pois se é efectivamente importante dar a conhecer os aspectos mais relevantes de um determinado navio de cruzeiros, não é menos verdade que conhecer a história da companhia e características gerais da mesma seja algo que se possa descurar, pois é precisamente essa tendência que marca claramente o estilo de vida a bordo, o serviço, a decoração, etc.

Depois de já à algum tempo termos analisado a britânica P&O, cabe-nos hoje, a propósito da visita do Prinsendam no passado dia 7 de Maio e outra vez no próximo dia 25, com passagem a 24 pela Horta, fazer uma breve análise à já secular companhia holandesa Holland America Line, que foi fundada a 18 de Abril do já longínquo ano de 1873.
Então, com a designação de Nederlandsch Amerikaansche Stoomvaart Maatschappij (Companhia Holandesa de Navios a Vapor), tinha por objectivo realizar o transporte de passageiros entre Roterdão e Nova Iorque, fazendo para tal a mítica travessia do Oceano Atlântico. Nesta altura, coube ao navio a vapor Rotterdam (foto abaixo), de construção escocesa, o relevo de ter sido o primeiro de uma imensa frota.

A companhia estabeleceu-se e ganhou projecção no transporte principalmente de passageiros mas também de mercadorias, mesmo tendo a forte concorrência principalmente das companhias britânicas da época. As rotas foram-se expandindo para outras cidades como Baltimore e também, mais tarde para a América do Sul.

É curioso  salientar que, em 1896, a companhia foi oficialmente estabelecida, altura em que os seus responsáveis decidiram adoptar uma nova designação De Holland Amerika Lijn N.V. (Holland America Line) – doravante HAL, designação essa baseada no nome pelo qual era vulgarmente conhecida. Dois anos mais tarde, decidiram os administradores holandeses acrescentar um ícone de referência identificativo dos seus navios, ou seja, as chaminés dos navios seriam pintadas de amarelo, verde e branco, cores essas que permaneceriam e identificariam a HAL durante mais de 70 anos.

Durante a I Guerra Mundial, a HAL continuou a proceder às suas operações de transporte regulares, uma vez que a Holanda manteve-se neutral durante aquele conflito. Não obstante, a companhia com sede então em Roterdão, sofreu algumas importantes perdas na sua frota, facto que se deveu a ataques dos submarinos alemães, a minas ou raides aéreos. Com o fim da guerra, e nos finais dos anos 20 com a Grande Depressão, a HAL sofreu os reveses inerentes a uma época de evidente crise, contudo não foi das transportadoras mais afectadas. Sinal desta situação foi a encomenda de um novo navio que correspondesse às necessidades da linha Europa-América, uma vez que o Statedam não garantia sozinho este serviço.


Datado de 1938, o novo transatlântico foi nem mais nem menos que o fabuloso Nieuw Amsterdam (foto acima), considerado por muitos entendidos da actualidade como um dos mais belos e elegantes navios de passageiros construídos até ao nossos dias, navio este que por si só merecerá uma atenção individual num artigo futuro.

Com o início da da II Guerra Mundial, os escritórios da HAL foram mudados de Roterdão para Willemstad, em Curaçao, nas Antilhas Holandesas.


 Foram tempos muito difíceis para todos e a Holanda não escapou ao domínio nazi. Após o terminus da guerra e o normalizar das operações para o Novo Mundo, a HAL adquiriu dois novos navios, em 1951 o Ryndam (na foto) e no ano seguinte o Maasdam, ambos para o serviço no norte do Atlântico.

Nesta época, começam a ser equacionadas as viagens de carácter turístico e não apenas de transporte de passageiros, aliás o Nieuw Amsterdam tinha dado provas que podia ser uma vertente a explorar, só que nem todos os navios da companhia tinham as características e o glamour do navio almirante da HAL. 


 Foi então, com o propósito de enveredar para o embrionário mercado de cuzeiros, que a HAL encomendou, em 1956, um novo Statendam (note que a HAL atribui quase sempre o mesmo nome aos seus navios de passageiros/cruzeiros, por ex. existiram 5 navios diferentes todos com a designação Statendam).


Em 1959, a HAL lançou o novo Rotterdam, um dos seus mais arrojados projectos navais, nem mais nem menos que o emblemático navio desta companhia, não só pelos elevados padrões de qualidade e serviço abordo, mas principalmente pelas suas peculiares chaminés. Curiosamente, este navio foi recentemente remodelado e voltou à cidade homónima, onde funciona como hotel e restaurante, criando assim uma oportunidade para todos aqueles entusiastas tomarem contacto com um navio de referência na história marítima do século passado.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Argoladas - Expresso das Nove 2010/05/14

Data: 2010/05/14
Página: 23


"Que grande tiro!

Certamente já ninguém terá dúvidas sobre o acerto que representou a aposta no turismo de cruzeiros feita pela Governo Regional. Nos últimos dias, o porto das Portas do Mar mais pareceu um aeroporto (salvo seja o exagero), tal tem sido o ritmo de chegada de embarcações. Ainda na passada semana, numa noite de quinta-feira*, cá o Argolas nem queria acreditar no que via na cidade de Ponta Delgada. Era gente por todo o lado. A rua António José D'Almeida parecia o dia das montras, ou a rua do Ouro, em Lisboa, tal a quantidade de pessoas que por lá passeava. Os cafés estavam cheios, os restaurantes também, e até o Avenida Solmar Center, por umas horas, deixou de ser um centro comercial fantasma. Fui ficando para ver em que iriam as modas parar e, meus amigos, não é que os turistas estavam a comprar tudo e mais alguma coisa? Por umas horas, os empresários, ou pelo menos alguns, voltaram a sorrir. O Santo Cristo tinha chegado mais cedo. Ai que grande tiro foi este, querido Nosso Senhor. Cá o Argolas sabe, mas não diz, o nome do responsável por semelhante sucesso."

domingo, 16 de maio de 2010

Blogue atinge as 10000 visitas

O blogue do Azores Cruise Club atingiu no passado dia 11 de Maio a bonita marca das 10 mil visitas.
Um agradecimento especial a todos os que nos visitam regularmente neste espaço e que concretizaram assim este feito.


O blogue foi criado como blogue pessoal (Bruno Rodrigues) em finais de Setembro de 2009, dedicando-se à cobertura de escalas de navios de Cruzeiro em Ponta Delgada (na altura designado como "Cruzeiros em Ponta Delgada"), algo que era pouco divulgado pelos blogues existentes na altura. Desde esses dias as coisas mudaram bastante, e com o passar dos meses cresceu uma pequena comunidade de entusiastas à volta do blogue, que veio a dar origem ao Azores Cruise Club em Janeiro de 2010. 


Este blogue passou então a ser a casa do ACC, principal meio de divulgação das actividades existentes e do desenvolvimento e criação do mesmo. Com essa mudança adoptou-se a designação de "Azores Cruise Club - Cruzeiros em Ponta Delgada", sendo novamente alterada para "Azores Cruise Club - Cruzeiros nos Açores" (designação actual), dada a interactividade gerada com entusiastas de outras ilhas ao longo dos últimos meses. Pretende-se que o blogue divulgue não só as escalas em Ponta Delgada, mas também as escalas nas restantes ilhas dos Açores, como aliás tem sido feito.



Estão também de parabéns todos aqueles que colaboram regularmente com o clube e com o blogue, através do envio de fotos, informações diversas, apoio logístico. A este início auspicioso pretende-se dar continuidade a todo o trabalho (que é um "hobbie" sem quaisquer fins lucrativos) desenvolvido até hoje. 

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Animação ao MSC Poesia

A recente visita inaugural do MSC Poesia ao porto de Ponta Delgada contou com um programa de animação para os passageiros, numa organização conjunta do Azores Cruise Club e da EPROSEC (Escola Profissional do Sindicato de Escritório e Comércio de São Miguel e Santa Maria).
No terminal de passageiros ouviu-se música tradicional e os passageiros do MSC Poesia foram recebidos por casais com trajes tipicamente Açorianos. Uma vez que o conceito da MSC Cruzeiros privilegia as viagens familiares, houve também uma componente de animação para crianças, com Swings, Malabaristas e Estátuas.
Foram muitos os turistas surpreendidos positivamente por tanta animação, que veio dar um ambiente e divulgação diferentes a esta escala em Ponta Delgada.
São iniciativas como estas que deverão ser apoiadas e aprofundadas no futuro para uma maior divulgação do Destino Açores junto destes grandes navios de passageiros.