terça-feira, 27 de março de 2018

O REGRESSO AO PASSADO

O navio de cruzeiros BRITANNIA da operadora inglesa P&O, efectuou ontem uma escala em Ponta Delgada, no âmbito do seu cruzeiro transatlântico de 14 noites entre Bridgetown nas Caraíbas e a cidade inglesa de Southampton, porto base daquele paquete nos seus itinerários na Europa.
A bordo encontram-se 3522 passageiros e 1373 tripulantes.
Esta escala fica marcada pelo facto de que o navio, em virtude da greve dos trabalhadores portuários a nivel nacional, ter sido obrigado a fundear no ancoradouro comercial de Ponta Delgada, sendo o transporte dos passageiros sido efectuado pelos "tenders" do navio. Um facto que pelas nossas contas já não acontecia à mais de 45 anos, quando alguns dos maiores navios que nos visitavam eram obrigados a pairar ao largo em virtude da falta de condições para atracarem no porto comercial, como eram os casos do Rotterdam da HAL e dos Arcadia e Ibéria da P&O.
Independentemente dos factores que levaram a esta greve nos portos continentais e dos Açores, não devemos deixar de passar em claro esta situação que na nossa opinião poderá ter consequências muito negativas para a imagem de região junto das companhias de cruzeiros, principalmente no grupo Carnival aonde esta inserida a P&O, que é somente o maior grupo de cruzeiros a nível mundial, ainda por cima sabendo-se que na Madeira, o governo e os sindicatos chegaram a acordo e a greve não teve quaisquer efeitos naquela região autónoma. 
Devemos contudo salientar que toda a operação decorreu com toda a normalidade, sendo utilizado o cais VIP da Marina das Portas do Mar, que oferece boas condições para uma operação desta envergadura. 
Fazemos votos para que esta situação seja ultrapassada rapidamente através de um entendimento entre a Secretaria dos Transportes, Portos dos Açores e os respectivos sindicatos para  que não aconteçam mais greves, atendendo que vamos entrar no mês de Abril aonde  vamos ter no arquipélago 48 escalas de navios de cruzeiros, que globalmente devem trazer entre passageiros e tripulantes mais de 100.000 forasteiros. 
fotos e texto : António Silva

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