domingo, 9 de fevereiro de 2014

MARCO POLO DE REGRESSO AOS AÇORES




O início da semana que se aproxima assinala o regresso de um habitual visitante dos portos açorianos. Esta dupla visita do navio Marco Polo aos Açores, com escalas na Horta e Ponta Delgada, nos próximos dias 10 e 11 de Fevereiro, respetivamente, insere-se num cruzeiro de 42 noites denominado Amazon, West Indies & The Azores. 



Depois do périplo por terras de Vera Cruz e Caraíbas, o clássico paquete partiu de Bridgetown, Barbados, nas Caraíbas e tem chegada prevista à Horta pelas 13:30 horas de amanhã, largando para Ponta Delgada pelas 20:30 horas. Na cidade micaelense é aguardado cerca das 08:00 horas da manhã, devendo regressar a Londres, com os seus 735 passageiros, na madrugada do dia seguinte.
Inaugurado em 1965, possui 176 metros de comprimento, 23,6 metros de boca e 8,2 metros de calado, possui 22,080 toneladas de arqueação bruta e tem capacidade máxima para 820 passageiros com 356 tripulantes. Disponibiliza 8 decks para passageiros com um total de 425 cabines, 292 das quais com vista exterior e as restantes interiores.
Este navio foi projectado no âmbito da modernização da frota da ex União Soviética que, entre 1964 e 1972, encomendou cinco navios de passageiros aos estaleiros Mathias-Thesen, em Wismar, na então República Democrática Alemã. O primeiro a ser lançado foi o Ivan Franko, seguido do Aleksandr Pushkin, Taras Shevshenko foi o terceiro, Shota Rustaveli o quarto e, já na década de 70, o último desta classe, Mikhail Lermontov.


O agora Marco Polo, o único sobrevivente da classe Ivan Franko, começou a navegar com o nome de Aleksandr Pushkin para a Baltic Shipping Co, no verão de 1965, fazendo uma série de cruzeiros antes de ser colocado na rota transatlântica de carreiras regulares entre Leninegrado e Montreal. Entre 1975 e 1991 realizou cruzeiros com destinados variados, ligado a companhias alemãs, inglesas e soviéticas. Após um curto período em lay-up em Singapura, foi vendido em 1991 à Shipping and General (Orient Lines) e enviado para a Grécia com vista a efectuar uma grande remodelação, facto que acabou por demorar quase três anos.
Desde então, e já com o nome atual, o Marco Polo tem sido um barco muito popular junto do mercado inglês, não só pelo saudosismo que as suas linhas clássicas apresentam mas também pelos itinerários menos convencionais que realiza. Presentemente, está ao serviço da operadora britânica Cruise & Maritime Voyages e realiza cruzeiros para os mais diversos locais, tendo como homeport a cidade inglesa de Tilbury. 
No que concerne a comodidades, começamos por realçar que, não obstante a sua longevidade, é um navio apelativo, bem conservado e muito procurado pelas saudosistas dos paquetes clássicos.


 As áreas públicas são agradáveis e muito confortáveis, como são os exemplos dos salões/bares Columbus, Scott’s Bar, Charlstone e Palm Garden. Ao nível da restauração, natural destaque para o Waldorf Restaurant, local muito aprazível para uma boa refeição. Uma piscina, três jacuzzis, um SPA, biblioteca e o Ambassador Lounge, local para espectáculos, completam as zonas públicas preferidas dos hóspedes.

fotos: André Moura, Miguel Noia, António Simas, Eduardo Wallenstain 
texto: André Moura

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